Profissão do Aeronauta e a Exposição a Doenças.

Profissão do Aeronauta e a Exposição a Doenças.

A EXPOSIÇÃO DOS AERONAUTAS A DIVERSAS DOENÇAS

Você, Aeronauta! Já pensou nos riscos que você está submetido ao exercer a sua profissão? Baixa umidade do ar, ruídos, vibração, radiação ionizante e pressão parcial do oxigênio são alguns deles.

As longas viagens, a carga horário excessiva, a mudança de fuso-horário somadas aos riscos, alteram toda a sua rotina e com isso, também, o seu ciclo biológico.

Toda e qualquer alteração nos nossos sistemas biológicos, como baixa qualidade do sono e má alimentação nos deixam propensos a problemas de saúde ou, ainda, agravar problemas já existentes, como nos casos de anomalias cardiovasculares.

Na imagem abaixo você pode entender como fica o corpo humano ao estar dentro de um avião durante o voo.

aeronauta

Os Aeronautas estão muitos expostos às radiações ionizantes, radiações estas, que são providas do espaço e também expostos as não ionizantes, que são as dos aparelhos eletrônicos de dentro da aeronave. A exposição às radiações podem ser potencializadas em aviões em maiores altitudes, devido a tempestades solares. Isso ocorre em regiões polares onde o campo magnético é mais frágil.

Na Anomalia Magnética do Sul, está localizado o Brasil.

Os sistemas eletrônicos também sofrem com a radiação ionizante, afetando assim, a segurança do voo.

Estudos realizados recentemente nos mostram que existe a emissão de raios gamas em algumas das tempestades. Porém, a probabilidade de que ocorra é um a cada 3 mil horas de voo, onde a taxa de radiação corresponde a 30 e 10 mSv (Dwer, 2010).

Vamos comparar?

Uma chapa de Tórax emite 0,1mSv e o limite atual para os tripulantes de aeronaves costuma ser de 2 e 5 mSv (20 mSv a cada ano em uma média de 05 anos).

AERONAUTA E A EXPOSIÇÃO A RADIAÇÃO:

Os fatores que determinam a gravidade da exposição dos tecidos às radiações são:

O tipo de radiação em que o Aeronauta está exposto.
A sensibilidade do tecido ao tipo de radiação.
Susceptibilidade das diferentes espécies.

Os mais sensíveis entre os tecidos expostos a essas radiações são a medula óssea, a tireoide e as mamas. Um estudo realizado entre pilotos comerciais e tripulação da cabine mostrou uma diferença estatística bem significante de aberrações nos cromossomos, que resumidamente, diminui os glóbulos brancos, o que diminui a defesa do organismo contra infecções.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (UV)

Envelhecimento precoce, eritemas, foto carcinogênese e hipersensibilidade química são considerados os efeitos mais maleficamente agressivos. A UV produz alterações nas moléculas de DNA e promove o câncer de pele (Phillips, 1988). Um dos fatores mais observados em pilotos foi o envelhecimento precoce, onde o grupo pesquisado com idade entre 35 e 40 anos, apresentou lesões observadas normalmente em pessoas com mais de 50 anos. Ou seja, os autores sugerem que a exposição dos aeronautas as radiações do sol causam lesões muito prematuras na pele.

RUÍDOS ELEVADOS.

Estudos mostram que em ruídos acima de 90 dB, o desempenho do profissional começa a cair, e nas tarefas que requerem atenção maior o número de erros aumenta significativamente. Fazendo também, com que a comunicação verbal fique comprometida aumentando assim a tensão psicológica. Além dos problemas de audição, como principal deles e mais grave, a perda auditiva, podem trazer sintomas devido ao comprometimento do sistema neuropsicológico, como perda de sono, irritabilidade e aumento de estresse. O ruído também é considerado um dos principais causadores da “Fadiga de Voo”.

VIBRAÇÕES

As vibrações também podem causar efeitos fisiológicos e psicológicos nos aeronautas, ocasionados pela perda do equilíbrio, dificuldades de visão e a falta de concentração, além de que o movimento da aeronave podem causar tonturas e mal-estar aos Aeronautas.

ATMOSFERA DE UMIDADE BAIXA

O resfriamento do ar devido a elevação da altitude desencadeia alteração nos níveis de umidade no ar, fazendo com que a longo prazo, os aeronautas apresentem sintomas como boca seca, rouquidão, tosse, secreção pulmonar espessa o que auxilia na diminuição do oxigênio nos tecido, também conhecido como Hipóxia. Essa condição pode também causar sangramentos inflamação e também sangramentos nasais.

DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

A deficiência de Oxigênio nos tecidos pode causar falhas na função fisiológica, como a hipóxia, que age sobre a capacidade mental do aeronauta, diminuindo a memória e a capacidade de alguns movimentos motores. A capacidade do trabalho muscular é mais difícil devido a baixa captação de oxigênio, o que pode inclusive afetar os músculos do coração.

Estes são alguns dos principais riscos e doenças que estão presentes na vida profissional dos Aeronautas. Existem muitos outros motivos que fazem com que a classe dos Aeronautas ainda tenha direito a Aposentadoria Especial. Você piloto de aeronave ou comissário(a) de bordo tem sim, direito de recorrer na justiça ao seu direito a Aposentadoria Especial.

aposentadoria do piloto de avião